terça-feira, 17 de julho de 2007

Desde os primórdios que o homem tem a necessidade de se comunicar, e essa comunicação pode ser feita de várias formas. No início se usava a pedra e algum tipo de substrato para fazer seus primeiros desenhos. Com o passar dos tempos, houve uma evolução e passou-se a escrever em vários tipos materiais chegando-se até o papel de celulose.

Depois do computador como grande ameaça ao fim do papel, surge uma outra. Porém ao contrário do computador (que somente contribuiu para o aumento da produção de papel), esta nova ameaça promete substituir diversos usos do papel. O e-paper (Eletronic Paper) consiste em uma “folha de papel” com o conteúdo que pode ser atualizado e modificado, dispensando outras folhas, pois ele sempre “recicla” a mesma. A maneira para essa atualização do conteúdo exibido pode ser através de dispositivos eletrônicos, podendo ser até mesmo por USB e também já está sendo estudada a atualização do conteúdo usando wireless.

O projeto do e-paper começou desde a década de 70 e diversos tipos de displays já foram criados. Todos seguindo uma linha parecida, onde esferas magnéticas minúsculas são diluídas em algum tipo de óleo ou líquido e através de folhas de eletrodos transparentes, que envolvem o líquido, as esferas são estimuladas eletronicamente. Criando os pixels do display, brancos ou pretos dependendo da carga usada (negativo e positivo).



Porém no dia 13 de Junho a LG.Philips lançou a primeira folha a A4 colorida de e-paper. Estabelecendo assim um marco na história do papel.



O e-paper possui diversas vantagens sobre as telas LCDs e CRTs usadas em monitores, televisões, palms e e-readers. São maleáveis, onde a tela pode até mesmo ser enrolada (como este display da Polymer Vision: http://www.polymervision.com/assets/downloadablefile/PolymerVision-readius-in-hand-13016.jpg), leves, extremamente finos, eles consomem menos energia (só utilizam energia para a troca do display) e, ao contrário das outras telas, o e-paper REFLETE a luz ao invés de emitir, causando menor agressão e mais conforto para os olhos. Outra característica marcante é que os e-paper é mais resistentes ao impacto e contusões como demonstra esse vídeo da Plastic Logic (empresa especializada em peças eletrônicas de plástico).

http://br.youtube.com/watch?v=rYc4dnVs4RM&NR=1


Em fevereiro de 2006 O jornal belga De Tijd foi o primeiro a possuir uma versão em e-paper de seu conteúdo(http://www.editorsweblog.org/news/2006/02/belgium_epaper_test_launch.php )Diversos jornais já estão correndo para distribuir seus diários utilizando a tecnologia do e-paper. Toda essa revolução de formas de exibição de texto contribui com o meio ambiente, pois diminuiria a produção de papel assim como a poluição provocada pelo mesmo. Está certo que o papel não irá acabar apenas com a criação do e-paper (nós nos lembramos disso toda vez que vamos ao banheiro...xD), mas ajudaria com uma diminuição significativa da sua produção. Por isso paperholics(http://www.mundesign.org/frompapercut/>http://www.mundesign.org/frompapercut/)podem ficar tranqüilos. O legado do papel ainda vai perdurar por bastante tempo para as suas montagens e desenhos.

E pensando mais adiante, imagine cartões de visita com seu portfólio embutido, onde as pessoas poderão através de touchscreen “navegar” por seus trabalhos. Apesar de futurístico demais, é uma possibilidade que não está tão distante assim. Por exemplo, podemos ver que a nossa realidade não está tão distante assim da exibida no filme Minority Report, que demonstra uma tecnologia extremamente avançada. Este vídeo (http://br.youtube.com/watch?v=n5u3axLhMqE) do Youtube exibe uma pessoa lendo um jornal em que ele atualiza automaticamente, à medida que novas reportagens são postadas. Um exemplo do uso do e-paper.




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